Caminho até as semifinais
Desde a fase de grupos, a edição 2025 da Copa Libertadores 2025 mostrou um nível de competitividade incomum. Clubes tradicionais cruzaram fronteiras, jogadores jovens ganharam espaço e treinadores ajustaram esquemas táticos em tempo real. O torneio, que começou em março, reduziu o número de participantes na fase eliminatória para oito, garantindo que apenas os mais consistentes avançassem.
LDU Quito, representante equatoriano, chegou às quartas de final após dominar seu grupo e eliminar o Santos nos oitavos. Na disputa contra o São Paulo, a equipe de Quito aplicou pressão alta e venceu por 2 a 0 na partida de ida, com gol de Silva. Na volta, o centroavante Medina marcou o único gol, selando um agregado de 3 a 0 e deixando o clube sul-americano com moral elevada.
Do outro lado, Racing Club mostrou a força do futebol argentino. A equipe venceu o Vélez Sarsfield em duas partidas cerradas, 1 a 0 em cada confronto. O destaque foi Martinez, que balançou as redes aos 53 minutos do primeiro jogo, garantindo a vantagem que bastou para atravessar a fase. A defesa, comandada por um experiente zagueiro, manteve a zona ofensiva rival praticamente vazia.
Palmeiras chegou às semifinais como favorito, mas não sem esforço. O clube brasileiro superou River Plate, um dos grandes da Argentina, com um placar agregado de 5 a 2. Depois de perder 2 a 1 na partida de ida, o Palmeiras reagiu com ímpeto na segunda partida, vencendo por 3 a 1 graças a um hat‑trick de Dudu e à eficiência dos laterais nas transições rápidas.
O último lugar do "Final Four" ainda pendia entre Flamengo e Estudiantes de La Plata. O rubro‑negro saiu na frente na ida com 2 a 1, aproveitando a velocidade dos extremos e a precisão nas bolas paradas. O duelo de volta, marcado para 26 de setembro, prometia ser decisivo, pois o argentino precisaria reverter a desvantagem e, ao mesmo tempo, lidar com a pressão dos torcedores brasileiros.
O que esperar das semifinais
Os confrontos de ida das semifinais estão agendados para 22 de outubro, com os retornos em 28 de outubro. O sorteio definiu que Racing Club enfrentará o vencedor do duelo Flamengo × Estudiantes, enquanto Palmeiras medirá forças contra LDU Quito. Cada partida será decisiva, pois o intervalo entre os jogos permite ajustes de estratégia, mas não dá tempo para recuperações prolongadas.
Racing conta com um meio‑campo sólido que controla o ritmo e protege a defesa. Caso o clube enfrente o Flamengo, espera‑se um duelo de estilos: a disciplina tática argentina contra a velocidade ofensiva do rubro‑negro. Já contra Estudiantes, a batalha será mais física, com duelos individuais nos setores de ataque e defesa.
Palmeiras, por sua vez, tem um ataque que combina criatividade e força física. Se a equipe enfrentar LDU Quito, precisará lidar com a torcida apaixonada de Quito, que costuma transformar o estádio Casa Blanca em um fortim. Os equatorianos, acostumados a jogar em altitudes elevadas, podem explorar a fadiga dos visitantes, sobretudo nos minutos finais.
O Flamengo, que ainda aguarda a definição de seu adversário, tem um elenco recheado de estrelas sul‑americanas. A expectativa dos torcedores é que o clube use a qualidade individual de jogadores como Gabigol e Arrascaeta para abrir o placar cedo e controlar o jogo. Por outro lado, Estudiantes pode contar com a experiência de seus veteranos, que já viveram momentos de pressão em Copas anteriores.
Além das táticas, há fatores logísticos que influenciam: viagens internacionais, adaptação ao clima e à altitude. Historicamente, equipes que chegam com antecedência para treinar nos estádios têm vantagem. Também vale destacar a importância da arbitragem, já que decisões controversas podem mudar o rumo de um jogo tão equilibrado.
O público tem expectativa alta. A Copa Libertadores 2025 já trouxe momentos memoráveis: a virada épica do Palmeiras sobre o River Plate, a defesa intransponível de Racing e a força de ataque de LDU Quito. Agora, as semifinais prometem ser o ápice da competição, com cada clube lutando não só pela vaga na final, mas pela honra de representar seu país no maior palco do futebol sul‑americano.
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