
Uma tiro inesperado interrompeu a aula de Educação Física na manhã de 24 de junho de 2025, quando uma estudante de 13 anos foi atingida na região abdominal. O incidente aconteceu nas imediações do Centro Educacional José de Paiva Netto, localizado na Avenida Dom Hélder Câmara, no bairro de Maria da Graça, zona norte do Rio de Janeiro. A menina recebeu socorro imediato e foi levada ao Hospital Municipal Salgado Filho, no Méier, onde passou por cirurgia de emergência e, após uma semana de internação, recebeu alta em 1º de julho de 2025.
Contexto e localização do incidente
O Centro Educacional José de Paiva Netto, administrado pela Legião da Boa Vontade (LBV), atende cerca de 350 alunos entre educação infantil e ensino fundamental. Na terça‑feira, a turma de 5º ano participava de uma atividade de atletismo na quadra coberta quando o tiro na escolaMaria da Graça aconteceu. Segundo relatos de professores, o som foi semelhante ao de um estalo forte, seguido de um grito de surpresa.
Desenvolvimento e resposta imediata
Os monitores de educação física acionaram a ambulância da Unidade de Atendimento Móvel de Urgência (UAMU) que já estava preparada para emergências dentro da escola. “A menina chegou sangrando, mas consciente”, relatou a enfermeira‑chefe da escola, Ana Paula Ferreira, que prestou os primeiros socorros antes do transporte ao hospital.
No Hospital Municipal Salgado Filho, a equipe cirúrgica, liderada pelo Dr. Rogério Mendes, realizou uma laparotomia para remover a projétil e controlar a hemorragia. “A lesão foi contida rapidamente, e a criança está evoluindo bem”, informou o médico após a cirurgia. A adolescente, que fez aniversário durante a internação, completou 14 anos enquanto ainda estava internada.
Investigação policial
A Polícia Civil do Rio de Janeiro recebeu a ocorrência na mesma manhã e, em nota oficial, afirmou que o disparo foi efetuado com uma pistola calibre .38. A corporação descartou a hipótese de ação policial nas proximidades, já que nenhuma operação estava em andamento no perímetro da escola.
Investigações preliminares apontam para uma “bala perdida” disparada em algum ponto da avenida. Foram requisitadas imagens de câmeras de segurança dos comércios e residências da Rua Dom Hélder Câmara e das vias adjacentes. O caso está sob responsabilidade da 23ª Delegacia de Polícia do Méier, que prometeu identificar o autor em até 15 dias.

Reação da Legião da Boa Vontade e apoio à família
Em comunicado oficial, a LBV expressou solidariedade à estudante e à sua família, garantindo apoio psicológico e acompanhamento médico. “Nosso compromisso é garantir a segurança e o bem‑estar de todos os nossos alunos e colaboradores”, declarou a diretora executiva da LBV, Claudia Ribeiro. “Estamos disponibilizando todo o suporte necessário para que a família possa atravessar este momento difícil”.
Além da assistência direta, a organização informou que reforçará as medidas de segurança nas dependências das escolas que administra, incluindo a instalação de mais câmeras de vigilância e a contratação de ronda particular durante o período vespertino.
Consequências e retorno às aulas
Com a alta médica concedida em 1º de julho, a adolescente iniciou o processo de reabilitação física e psicológica. O Conselho Escolar organizou uma reunião com pais, professores e representantes da LBV para discutir protocolos de emergência e avaliar a necessidade de adaptações curriculares nos próximos meses.
Especialistas em segurança escolar, como a criminóloga Marta Lopes, apontam que incidentes de bala perdida em áreas urbanas densas podem ser mitigados com políticas de controle de armas mais rigorosas e maior integração entre escolas e autoridades locais. “Este caso traz à tona a importância de um diálogo constante entre a comunidade escolar e as forças de segurança”, enfatiza Marta.

Pontos-chave do caso
- Data do ocorrido: 24/06/2025.
- Local: quadra de Educação Física do Centro Educacional José de Paiva Netto, Maria da Graça.
- Vítima: estudante de 13 anos (agora 14) atingida na região abdominal.
- Autor do disparo: ainda não identificado; investigação conduzida pela 23ª DP do Méier.
- Desfecho: cirurgia de emergência, alta hospitalar em 01/07/2025 e retorno gradual às aulas.
Perguntas Frequentes
Como o tiro aconteceu nas imediações da escola?
De acordo com a Polícia Civil, o disparo foi efetuado com uma pistola calibre .38 e provém de uma fonte externa à escola. Ainda não há testemunhas que tenham visto o atirador, mas câmeras de segurança da avenida Dom Hélder Câmara foram requisitadas para rastrear a origem do projétil.
Qual foi a resposta da Legião da Boa Vontade?
A LBV emitiu comunicado de apoio à família, ofereceu acompanhamento psicológico e afirmou que vai intensificar a segurança nas escolas que administra, incluindo a instalação de mais câmeras e a contratação de rondas de vigilância.
Quais medidas de segurança foram adotadas após o incidente?
Além do apoio imediato à vítima, a escola fechou temporariamente a quadra, revisou os planos de evacuação e começou a trabalhar com a polícia para melhorar o monitoramento da área. A LBV também anunciou a implementação de rondas de segurança particulares nos horários críticos.
A polícia identificou algum suspeito?
Até o momento, a investigação está em fase preliminar. A 23ª Delegacia de Polícia do Méier está analisando as imagens de segurança e realizando diligências para localizar o responsável, mas ainda não há um suspeito formalmente apontado.
Qual o impacto desse caso na comunidade escolar?
O episódio gerou preocupação entre pais e professores, que passaram a exigir protocolos de segurança mais rígidos. A direção da escola organizou reuniões informativas e está trabalhando com especialistas para implementar estratégias de prevenção de violência nas instalações educacionais.
Lucas Santos
O ocorrido na instituição educacional administrada pela LBV evidencia uma falha sistêmica no planejamento de segurança.
outubro 8, 2025 AT 03:11A presença de um projétil na área de prática esportiva demonstra negligência no monitoramento do entorno urbano.
Autoridades escolares deveriam ter implementado protocolos preventivos muito antes de qualquer incidente.
O fato de que a polícia descartou ação policial nas proximidades não exime a comunidade educativa de responsabilidade.
Medidas como a instalação de câmeras adicionais são meramente paliativas se não houver fiscalização efetiva.
É imperativo que a direção da escola conduza auditorias regulares de risco.
Essas auditorias devem envolver especialistas em segurança pública e representantes de pais.
A comunicação transparente com as famílias deve ser mantida em tempo real, evitando rumores.
Além disso, a alocação de ronda particular, embora necessária, requer supervisão externa para garantir imparcialidade.
O apoio psicológico oferecido à vítima é louvável, porém insuficiente se não houver prevenção.
A sociedade como um todo deve repensar a política de controle de armas, especialmente em áreas densamente povoadas.
A legislação atual permite a circulação de pistolas de calibre .38 sem controle rigoroso.
Tal realidade contribui para a ocorrência de “balas perdidas” em contextos civis.
Assim, a exigência de registros mais detalhados e de porte restrito poderia reduzir esses eventos.
Em suma, este trágico episódio deve servir de ponto de partida para reformas estruturais abrangentes. :)