Novak Djokovic vence Taylor Fritz com rally de 25 golpes no US Open

Quando Novak Djokovic, tenista sérvio de 38 anos, bateu o americano Taylor Fritz no quarto de final do US Open 2025Queens, Nova Iorque, o público vibrou com um ponto de 25 golpes que ficou marcado como um dos rallies mais emocionantes da história do torneio.

O confronto aconteceu na Arthur Ashe Stadium, dentro do complexo USTA Billie Jean King National Tennis Center. O jogo, realizado na quarta‑feira, 3 de setembro de 2025, terminou 6 a 4, 7 a 5 a favor do sérvio, que buscava a 25ª coroa de Grand Slam.

Contexto: a corrida pelos 25 majors

Djokovic chegou ao torneio depois de vencer Jan‑Lennard Struff na rodada anterior, e o objetivo era quebrar a sequência de títulos conquistados nos últimos sete Grand Slams por Jannik Sinner e Carlos Alcaraz. Seu último título nos Estados‑Unidos havia sido em 2023, quando derrotou Daniil Medvedev.

Para Fritz, era a maior oportunidade até agora: o americano, número 12 do ranking mundial, era considerado a principal esperança dos EUA após a saída precoce de outros contendores.

O ponto de 25 golpes: o que aconteceu?

O rally começou com Djokovic na linha de base, quase à beira da cerca. "Ele estava muito atrás, mas foi subindo ponto a ponto", lembrou o narrador. Foram 13 golpes de serviço, seguidos por 12 trocas de fundo de pista, com forehands e backhands executados em alta velocidade. A plateia explodiu em aplausos quando Djokovic acertou a última bola na linha de fundo, fechando o ponto.

O número de "sublimes" não era exagero: cada jogada teve variação de efeito, ângulos improváveis e, no ápice, um voleio cruzado que quase saiu do chão. O momento virou assunto nas redes sociais, com milhares de clipes circulando no X e Instagram.

Desenvolvimento da partida e reação dos atletas

Depois do ponto decisivo, Djokovic manteve a calma e fechou o set com um break de serviço. Fritz, porém, mostrou coragem, disputando cada ponto com voleios agressivos. "Foi um desses dias em que você sente o coração bater mais rápido", comentou Fritz em entrevista pós‑jogo.

Djokovic, ainda que vitorioso, admitiu que o rally lhe custou muita energia: "Quando a gente tem um ponto assim, o corpo sente, mas a vontade de vencer supera tudo".

Semifinal: o desafio de Carlos Alcaraz

Na sexta‑feira, 6 de setembro, o sérvio enfrentou o jovem espanhol Carlos Alcaraz. Alcaraz, com 60 vitórias e seis títulos em 2025, dominou desde o primeiro serviço, rompendo o primeiro game com um forehand de mais de 80 mph.

O sérvio viu sua primeira taxa de sucesso no primeiro saque cair para 65 % (13 de 20 pontos), enquanto Alcaraz não perdeu um único set durante todo o US Open. A derrota colocou fim ao sonho de Djokovic de um 25º major, mas ele elogiou o espanhol: "Ele joga com a mesma intensidade de quando eu comecei, e isso me motiva".

Impacto e o que isso significa para o tênis

• Djokovic permanece como o maior vencedor de Grand Slams da história, mas a disputa com a nova geração se intensifica.
• Alcaraz entrou para o seleto grupo de jogadores que chegam a sete finais de Grand Slam antes dos 23 anos, juntando‑se a Björn Borg, Rafael Nadal, Mats Wilander e Jim Courier.
• O US Open 2025 consolidou-se como o torneio mais assistido do calendário, com picos de audiência nas transmissões ao vivo nas plataformas X, Facebook e TikTok.
• Para os fãs americanos, Fritz mostrou que ainda há esperança de ter um campeão local nos próximos anos.

Próximos passos

Alcaraz segue para a final contra Jannik Sinner, enquanto Djokovic deverá iniciar a campanha de qualificação para o Nitto ATP Finals, programado para 9 a 16 de novembro em Turim, Itália.

Djokovic já indicou que pretende focar nos Masters 1000 de julho, buscando melhorar seu rendimento nas primeiras rodadas antes de encarar novamente a nova leva de talentos emergentes.

Antecedentes históricos do US Open

O US Open, em sua 145ª edição, nasceu em 1881 como um torneio amador e migrou para o hard‑court em 1978. Desde então, nomes como Jimmy Connors, Pete Sampras e Serena Williams definiram a memória coletiva do evento.

Hoje, o torneio serve como palco de confrontos intergeracionais, como mostra a recente partida entre Djokovic e Alcaraz – uma batalha entre o veterano de 38 anos e o prodígio de 22. Essa dinâmica reflete a evolução do tênis mundial, onde a velocidade, a preparação física e a tecnologia de raquetes avançam a passos largos.