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Prisão domiciliar de Bolsonaro causa onda de críticas e divide opinião pública

Prisão domiciliar de Bolsonaro causa onda de críticas e divide opinião pública

Bolsonaro em prisão domiciliar: bastidores, conflitos e reações

A ordem de prisão domiciliar contra Jair Bolsonaro deixou Brasília em clima elétrico. A decisão de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal, foi baseada na acusação de que o ex-presidente descumpriu várias restrições judiciais, como limite no uso de redes sociais, contato com outros investigados e restrições de localização. O estopim foi uma aparição remota de Bolsonaro em um protesto no Rio de Janeiro, facilitada pelo filho Flávio, quando transmitiu um recado a apoiadores e publicou uma mensagem no Instagram — removida logo depois, já tarde demais para evitar apreensão.

Entre as regras impostas a Bolsonaro estava o uso de tornozeleira eletrônica, além de toque de recolher durante a noite e limites para circulação física. Segundo Moraes, não foi a primeira vez que Bolsonaro ignorou as determinações: a reincidência pesou forte na decisão. No momento da detenção, a Polícia Federal esteve em sua residência e apreendeu seu celular, reforçando a preocupação das autoridades com movimentações em grupos digitais.

Aliados acionam o ataque e defesa levanta dúvidas

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A reação política foi imediata. O deputado Zuco, da oposição, não poupou palavras e chamou a prisão de "ataque à democracia" e "manobra autoritária." Para ele, a intenção real seria silenciar figuras incômodas ao sistema. Bruno Engler, deputado estadual por Minas Gerais, seguiu na mesma linha e questionou a ligação entre ações dos filhos de Bolsonaro e a própria restrição ao ex-presidente. Para Engler, há exagero e extrapolação, sobretudo no que diz respeito à liberdade de expressão e à responsabilidade individual.

A equipe jurídica de Bolsonaro demonstrou surpresa, alegando que ele teria respeitado a proibição de uso de redes sociais. O argumento principal gira em torno da inexistência de condenação definitiva e do que chamam de "irregularidades processuais". A defesa já anunciou o recurso contra a ordem do STF e promete batalhar para garantir direitos de Bolsonaro.

Na sociedade, a medida dividiu opiniões: segundo pesquisa Quaest, 53% dos entrevistados disseram concordar com a prisão domiciliar, enquanto 47% discordaram. Redes sociais fervilharam com debates inflamados, mostrando que o país segue polarizado até nos desdobramentos das decisões judiciais. A apreensão do telefone celular ampliou suspeitas sobre o papel das comunicações virtuais no caso, levantando mais perguntas do que respostas sobre possíveis novos capítulos para o ex-presidente. Em meio a tudo isso, fica claro que o Bolsonaro segue sendo um dos maiores focos de tensões institucionais do país.

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