Alan Patrick e Carbonero decidem Gre-Nal e lideram recuperação do Inter na luta contra o rebaixamento

Alan Patrick e Carbonero decidem Gre-Nal e lideram recuperação do Inter na luta contra o rebaixamento

Na noite de sábado, 8 de março de 2025, o Sport Club Internacional calou a Arena do Grêmio com uma vitória por 2 a 0 sobre o rival Grêmio, decidindo o primeiro jogo da final do Campeonato Gaúcho 2025. Os gols vieram de dois jogadores que, mais do que marcar, estão transformando a temporada do Colorado: Alan Patrick, o veterano meia de 29 anos, e Johan Carbonero, o atacante colombiano de 24 anos. Um gol no 22º minuto, outro no 25º — e o estádio, que esperava um clássico emocionante, ficou em silêncio. O que parecia um jogo equilibrado virou uma demonstração de eficiência. E isso não foi acaso.

Dois gols, uma mensagem

O primeiro gol saiu de uma jogada que parecia ter saído de um treino. Fernando lançou Aguirre, que encontrou Vitinho pela direita. O jovem ponta driblou o zagueiro, entrou na área e tocou por baixo da trave — Bruno Henrique, no primeiro poste, errou o chute. Foi aí que Carbonero, como um caçador de oportunidades, apareceu no segundo poste, controlou com o peito e finalizou com frieza. O segundo, menos dramático, foi pura classe de Alan Patrick. Recebeu na intermediária, viu o espaço abrir e, sem olhar, chutou de primeira. O goleiro nem se mexeu. Dois gols em três minutos. Dois jogadores que, juntos, já somam 13 gols e 9 assistências nesta temporada. Eles não são apenas os principais artilheiros do Inter — são o seu coração ofensivo.

Estatísticas que não mentem

Segundo dados da ESPN Brasil, Alan Patrick é o líder absoluto do time em ambos os critérios: 9 gols e 7 assistências em 26 jogos. Nada mais. Nada menos. Carbonero, apesar de ter menos minutos, aparece como o quarto artilheiro do time com 4 gols e 2 assistências em 21 jogos. Enquanto isso, Rafael Borré e Vitinho, ambos com 5 gols, estão atrás. Mas a diferença está na consistência. Patrick joga 90 minutos, todos os jogos. Carbonero, quando está disponível, muda o jogo. E isso é crucial. O Inter, que em outubro de 2025 ocupava a 14ª posição no Campeonato Brasileiro Série A 2025 com 35 pontos, precisava deles. A vantagem de apenas 4 pontos sobre o Vitória, na zona de rebaixamento, era tênue. O time vivia um período de crise de confiança.

Volta dos heróis — e a aposta na juventude

A vitória contra o Grêmio foi apenas o começo. No dia 25 de outubro de 2025, o Inter enfrentava o Fluminense no Maracanã, em um jogo que poderia definir o rumo da temporada. E os dois protagonistas do Gre-Nal estavam de volta. Alan Patrick, após se recuperar de uma lombalgia que o afastou por dois jogos, voltou ao time titular. Carbonero, liberado de uma suspensão por cartão amarelo acumulado, retornou com fome de jogo. Mas o técnico argentino Ramón Díaz não contava apenas com eles. A diretoria apostou na base: o goleiro Kauan Jesus, de 22 anos, foi promovido após boa atuação em treinos; o zagueiro Pedro Kauã, que havia marcado o gol da vitória em um amistoso contra a Sociedade Esportiva e Recreativa Gaúcho, foi colocado como substituto do lesionado Vitão; e o lateral esquerdo Pablo, de 20 anos, entrou no lugar dos suspensos Bernabei e Alisson. A estratégia era clara: manter o nível com o que havia de melhor, e preparar o futuro com o que havia de mais promissor.

Um clube que respira Porto Alegre

Um clube que respira Porto Alegre

O Sport Club Internacional, fundado em 4 de abril de 1909, tem sua sede em Avenida Padre Cacique, 891, na Praia de Belas, em Porto Alegre. Mas sua alma está em cada torcedor que enche o Beira-Rio. A vitória no Gre-Nal não foi apenas um título em jogo — foi um sopro de esperança. Em um ano em que o time oscilava entre a zona de classificação e o rebaixamento, os gols de Alan Patrick e Carbonero foram como luzes no túnel. Eles não são apenas jogadores. São símbolos de resistência. De identidade. De um time que, mesmo sem muito dinheiro, ainda consegue vencer com coragem e inteligência.

O que vem a seguir?

O segundo jogo da final do Gauchão foi disputado no domingo, 9 de março, no Beira-Rio, com vitória por 1 a 0, garantindo o título ao Inter. Mas o foco já estava no Brasileirão. A equipe, com os dois principais criadores de jogo de volta, enfrentou o Fluminense no Maracanã e empatou em 1 a 1. O resultado, embora não ideal, foi suficiente para manter a vantagem sobre a zona de rebaixamento. Agora, com a confiança restaurada, o Inter encara os últimos jogos da temporada com um novo propósito: não apenas escapar do rebaixamento, mas terminar entre os 10 primeiros. E tudo isso, novamente, passa por Alan Patrick e Johan Carbonero.

Frequently Asked Questions

Por que Alan Patrick é tão importante para o Inter mesmo aos 29 anos?

Alan Patrick é o motor ofensivo do Inter porque combina experiência, visão de jogo e eficiência. Com 9 gols e 7 assistências em 26 jogos na temporada de 2025, ele lidera o time em ambos os critérios. Mesmo sem velocidade de um jovem, ele lê o jogo com precisão, encontra espaços e finaliza com frieza. Seu valor vai além das estatísticas — ele mantém o ritmo do time e é o principal responsável por criar jogadas em momentos decisivos.

Como Johan Carbonero se tornou tão decisivo em tão pouco tempo?

Carbonero, apesar de jovem, chegou ao Inter com um perfil de finalizador raro: ele não precisa de muitas oportunidades para marcar. Em 21 jogos, já tem 4 gols e 2 assistências, e quase todos eles surgiram em situações de alta pressão. Sua inteligência tática e capacidade de aparecer nos momentos certos o tornam um jogador-chave. Ele não é o centro do ataque, mas é o que o time precisa quando o jogo está travado.

Qual o impacto da volta de Alan Patrick e Carbonero na luta contra o rebaixamento?

A volta dos dois foi crucial. Antes de seu retorno, o Inter perdeu dois jogos consecutivos e caiu para a 15ª posição. Com eles no time, o Inter venceu o Gre-Nal, empatou com o Fluminense e manteve a vantagem de 4 pontos sobre o Vitória. Sem eles, o time perdia eficiência ofensiva. Com eles, passou a criar chances reais e a converter oportunidades — o que fez toda a diferença na reta final da temporada.

Por que o Inter recorreu à base para substituir jogadores titulares?

O Inter enfrentava uma crise de escala: suspensões, lesões e falta de reforços no mercado de inverno. Com o orçamento limitado, o técnico Ramón Díaz apostou na formação da base. Kauan Jesus, Pedro Kauã e Pablo foram promovidos por desempenho em treinos, não por necessidade. Isso mostrou que o clube ainda tem qualidade na academia — e que a filosofia de desenvolver jogadores locais continua viva.

O Gre-Nal de 8 de março foi apenas um jogo, ou foi um marco para a temporada?

Foi um marco. Além de garantir o título do Gauchão, a vitória no Gre-Nal restaurou a confiança do elenco e da torcida. Foi o primeiro jogo em que o Inter venceu um rival direto com eficiência tática, sem depender de sorte. A partir dali, o time passou a jogar com mais segurança. E os dois gols de Alan Patrick e Carbonero viraram símbolo de que, mesmo sem grandes nomes, o Inter ainda pode vencer com inteligência e coração.